Puerto Rico, de
Andreas Seyfarth, é um dos melhores jogos de entrada no universo dos jogos de
tabuleiro modernos. Lançado em 2002, e premiadíssimo desde então, a pérola
chegará ao mercado brasileiro e poderá, finalmente, ou quem sabe?, consolidar a
renovação do que se joga nas mesas de todo o país, ajudando a divulgar, em
grande escala, a verdade que está lá fora.
O jogo será editado no Brasil pela GROW, empresa referência
neste mercado, mas que andava adormecida há décadas e, ao que parece, percebeu
o movimento das novas editoras de jogos no Brasil e decidiu renovar sua visão
de mercado. Foi em 2012, quando iniciou a estratégia de lançar jogos modernos consagrados
no mundo, trazendo o Carcassonne
(2002), que lançaram aqui como Domínio de
Carcassonne sabe-se lá porquê, e também quando passou a reconhecer o valor dos
autores de jogos, os game designers, ao imprimir seus nomes na caixa, como já acontece
normalmente mundo afora.
Puerto Rico é um
jogo sensacional. A temática é histórica, retratando a exploração econômica das
colônias americanas, ou seja, cultivar muito açúcar, milho, índigo, café e
tabaco para enviar para a metrópole assim que possível. Ao final de cada
partida, dá vontade de começar outra imediatamente. As partidas são rápidas e
sempre intensas, seja com dois ou até cinco jogadores, afinal, não é tarefa
simples governar a colônia. E quem fizer isso de modo mais eficiente merecerá a
vitória.
Não existe a sorte de um lance de dados sequer neste jogo, nem há
conflito direto, aparentemente. Cada um tem seu próprio tabuleiro. A jogada de
um diz o que os outros podem fazer. É tanta novidade que as regras aparentam ser,
à primeira vista, complicadas, mas basta um pouquinho de disposição para
conhecer novas possibilidades de jogar. Assim que a primeira partida começa,
com duas outro três rodadas, tudo fica claro e aquele jogo antigo guardado no
armário parece envelhecer um século instantaneamente.
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